O Projeto BH-Viva, desenvolvido pelo OSUBH, é um projeto que objetiva avaliar os efeitos sobre a saúde e bem-estar dos moradores de zonas e áreas especiais de interesse social (ZEIS), relacionados às intervenções de transformação urbana, como investimento em habitação, requalificação e renovação de áreas vulneráveis, realizadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte como parte do Plano de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC – Vila Viva ou Programa Vila Viva). A pesquisa utiliza métodos quantitativos e qualitativos e delineamento comparativo, com o objetivo final de gerar conhecimento que possam subsidiar a criação e reformulação de políticas públicas urbanas multissetoriais para melhorar a qualidade de vida dos moradores de Belo Horizonte. Foram definidas, no início do projeto, onze áreas para o estudo, cinco com intervenções do PAC – Vila Viva (Serra, Morro das Pedras, Pedreira Prado Lopes, São Tomás e São José), cinco sem intervenções (Santa Lúcia, Ventosa, Cabana, Vista Alegre e Jardim Felicidade) e a cidade formal, e três fases principais. Na primeira fase são utilizadas bases de dados secundários (Sistema de Informação Hospitalar – SIH, Sistemas de Agravos de Notificação – SINAN, Sistema de Informação de Mortalidade – SIM) para a construção de um Ambiente Estruturado de Armazenamento de dados, o AEAD contendo a geolocalização dos casos que constam nas bases de 2002 a 2025; na segunda foram aplicados inquéritos domiciliares e entrevistas qualitativas, nos anos de 2017 e 2018, nos quais foram abordadas questões como avaliação dos serviços de saúde, características percebidas do ambiente de moradia, estilos e qualidade de vida e percepções sobre as intervenções; e na terceira fase, no ano de 2019, foi realizada a Observação Social Sistemática nas mesmas áreas que foram aplicados os inquéritos domiciliares. Ainda na terceira fase, foi realizado em 2021/2022 o inquérito telefônico, que teve como objetivo comparar mudanças nos determinantes sociais da saúde, e avaliar e comparar o impacto da epidemia de covid-19 nessas mesmas áreas.