Quatro em cada dez moradores do Aglomerado da Serra e da Cabana do Pai Tomás, duas das maiores comunidades de favelas da capital mineira, vivem em condição moderada ou grave de insegurança alimentar. O dado aparece na pesquisa Insegurança alimentar e nutricional sob a perspectiva da interseccionalidade no município de Belo Horizonte – MG, que levantou informações socioeconômicas com base na associação entre desigualdades históricas e vulnerabilidade da população em relação à insegurança alimentar.
O estudo foi desenvolvido por Karynna Ferreira no âmbito do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG. Valendo-se de dados do Projeto BH-Viva, empreendido pelo Observatório de Saúde Urbana (OSUBH), a pesquisa analisou os impactos das intervenções de transformação urbana no contexto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Vila Viva implementadas pela Prefeitura de Belo Horizonte.