Trabalhos apresentados no 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia pelos pesquisadores do Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte da Universidade Federal de Minas Gerais.
Este estudo transversal que incluiu 4.027 idosos da linha de base do ELSI-Brasil foi conduzido com objetivo de examinar a associação entre características da vizinhança percebida e caminhada em idosos urbanos no Brasil. A caminhada foi mensurada pelo questionário IPAQ. As características da vizinhança foram questões sobre desordem física, poluição sonora, violência, coesão social, serviços, preocupação com mobilidade comunitária e agradabilidade. Preocupação em pegar ônibus, metrô ou trem estava inversamente associada com a caminhada para homens. Violência (ser vítima de roubo, assalto ou ter a casa invadida) e coesão social (confiar nos vizinhos) estavam positivamente e inversamente associadas com a caminhada para mulheres, respectivamente. Um termo de interação significativo entre coesão social e número de doenças crônicas foi observado para mulheres. Esses achados demonstram a necessidade de intervenções e políticas específicas por sexo para aumentar os níveis de caminhada entre idosos brasileiros.