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O Brasil é marcado por enorme iniquidade social configurada por vulnerabilidades concentradas em determinados espaços. Especialmente o espaço urbano caracteriza-se por tal segregação socioespacial. É neste contexto que literalmente aterrissa, entre fevereiro e março de 2020, o SARS-CoV-2, trazido, via de regra, pelas elites brancas urbanas.
Este estudo teve como objetivo: Investigar os fatores associados à realização de mamografia nos últimos dois anos em mulheres de 50-69 anos residentes em áreas de vilas e favelas de Belo Horizonte e seus entornos.
O que é Saúde Urbana e por que seu estudo é essencial? Neste vídeo, o OSUBH responde a essas perguntas e apresenta exemplos de iniciativas desenvolvidas para melhorar a saúde nas cidades. Descubra como a pesquisa em saúde urbana está ajudando a transformar os ambientes urbanos para a produção de saúde e equidade.
Mudanças climáticas e estratégias de mobilização comunitária em Belo Horizonte.
Apresentação do trabalho intitulado “Climate resilience strategies and urban health: Using community-based system dynamics in a Global South multi-site project” na 42ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DINÂMICA DE SISTEMAS, ocorriga em Bergen, Noruega e virtualmente em agosto de 2024.
Este trabalho é finaciado pela NIHR – National Institute for Health and Care Research do Reino Unido.
Introdução: Ambientes construídos têm demonstrado influenciar comportamentos de vida ativa, incluindo a caminhada. No entanto, essa literatura é predominantemente oriunda da Europa e da América do Norte. Este estudo teve como objetivo criar um índice de caminhabilidade derivado geoespacialmente em nível de cidade e investigar a associação com a prática de caminhada em Belo Horizonte, Brasil. Métodos: Foi realizada uma análise transversal usando dados de participantes do estudo MOVE-SE de 2014-15 em Belo Horizonte. Um índice de caminhabilidade foi criado no nível de setor censitário, incluindo densidade residencial líquida, diversidade de uso do solo e conectividade das ruas, utilizando o software ArcGIS. A caminhada para lazer e transporte foi autorrelatada por meio do Questionário Internacional de Atividade Física. Covariáveis como características sociodemográficas, indicadores de saúde e contexto da vizinhança foram avaliadas. Foi empregada uma regressão binomial negativa multinível, incorporando fatores de confusão em cinco modelos combinados com adição sequencial de grupos de covariáveis. Todas as análises estatísticas foram realizadas no software R, com nível de significância de 5%. Resultados: O estudo incluiu 1.372 adultos com 18 anos ou mais, com maioria feminina (60,5%), idade mediana de 41 anos e 45,9% com, no máximo, ensino fundamental completo. A renda familiar de 63,7% dos participantes variava entre uma e três vezes o salário mínimo. A saúde autorrelatada foi considerada boa por 64,7% dos participantes, e o Índice de Massa Corporal (IMC) mediano foi de 26,2 kg/m². Sobre o contexto da vizinhança, o tempo mediano de residência foi de 15 anos, a renda mensal per capita foi de US$ 175 e a inclinação média do terreno foi de 8,2%. Os participantes relataram uma mediana de 180 minutos por semana (intervalo interquartil: 120 – 250) de caminhada para lazer e transporte. O índice de caminhabilidade mediano foi de -0,51 (intervalo interquartil: -1,40 – 1,21). Após ajuste para fatores de confusão, o modelo final indicou uma associação positiva entre o índice de caminhabilidade e a caminhada para lazer (RR: 1,33; IC95%: 1,32-1,35; p < 0,001) e transporte (RR: 1,22; IC95%: 1,20-1,24; p < 0,001). Discussão: Os achados demonstram uma associação positiva entre maiores níveis de caminhabilidade e aumento dos comportamentos de caminhada em diferentes contextos. Isso reforça a importância do planejamento urbano, do design e de intervenções políticas adaptadas aos ambientes locais para promover a caminhabilidade, reduzir a dependência de automóveis e facilitar estilos de vida mais saudáveis como parte da rotina diária.
Como parte do projeto Salud Urbana en América Latina (SALURBAL), nosso objetivo foi descrever a variabilidade nas taxas de mortalidade por câncer em 343 cidades de nove países latino-americanos e analisar as associações dessas taxas com o desenvolvimento socioeconômico em nível municipal.
Focado em uma das regiões mais urbanizadas do mundo, a América Latina, o Projeto SALURBAL (Salud Urbana en América Latina/Saúde Urbana na América Latina) foi lançado em 2017 para construir uma infraestrutura de dados inovadora e única, de caráter multinacional, multinível e multidimensional. Essa infraestrutura permite investigar como os ambientes urbanos e as políticas impactam a saúde, a equidade em saúde e a sustentabilidade ambiental, além de servir como uma plataforma para pesquisa e ação na região.
O projeto PÓS-COVID-19 e as favelas brasileiras: a abordagem multidimensional e interseccional dos DSS no enfrentamento deste epifenômeno e das crises contemporâneas abre chamada para processo seletivo de UMA VAGA para bolsista de iniciação científica com atuação no referido projeto multicêntrico, coordenado, que busca compreender as dimensões qualitativas e quantitativas dos aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais, políticos, da saúde animal e epidemiológicos, bem como da população negra, LGBTQIAPN+, com deficiência e tendo também como parâmetro as questões de gênero, orientação sexual, etarismo e violência doméstica, vinculados ao pós-covid em favelas ao redor do Brasil.
A vaga é para 20 horas semanais, com pelo menos 2 turnos de trabalho sendo realizados de forma presencial no OSUBH (sala 730). Estudantes de graduação de cursos da área da Saúde, das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas a partir do 2º período terão suas inscrições analisadas, desde que atendam às características requeridas.
A bolsa tem um valor de 700 Reais com duração de 12 meses.
Interessados devem preencher o formulário de inscrição até 25/02/2025 às 18h: https://forms.gle/foo1wv6MEoShQ7jk9
Para ler a chamada na íntegra e obter mais informações, por favor, clique no link de download abaixo.
Este estudo objetiva analisar a (in)segurança alimentar sob o olhar da interseccionalidade, tendo como local de estudo duas favelas de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil) e seus entornos.